A história da lingerie começa por volta do segundo milênio antes de Cristo. Em Creta, as mulheres usavam um corpete simples que sustentava a base do busto, projetando os seios nus. Essa "moda" era inspirada na Deusa com Serpentes, ideal feminino da época.
Na Idade Média, surgiram os ancestrais do corselete. Um deles era a cota, uma túnica com cordões. O outro era conhecido como bliaud, uma espécie de corpete amarrado atrás ou nas laterais, que apertava o busto como uma couraça e era costurado à uma saia plissada. O sorquerie era uma cota muito justa também conhecida como guarda-corpo ou corpete. E havia ainda o surcot, um colete enfiado por cima do vestido e amarrado.
Só no final da Idade Média, em torno do século XV, durante o ducado da Borgonha, é que as mulheres nobres passaram a usar um largo cinto sob o busto que, além de sustentar os seios, faziam com que eles parecessem mais volumosos
Do século XV ao XVI, durante o Renascimento, a roupa íntima feminina ficou ainda mais rígida. É nesta época que surgiu o corps piqué, um corpete pespontado que apertava o ventre, afinava a cintura e deixava os seios com aspecto de cones. Esta peça era construída com uma haste, que muitas vezes era feita de madeira de buxo ou marfim. Havia, ainda, uma haste de metal central que, em alguns modelos, chegava a pesar até um quilo. Essas hastes eram trabalhadas com gravuras e inscrições, pois, de acorddo com os costumes da época, podiam ser retiradas e exibidas em sociedade depois de um lauto jantar. No entanto, estes corpetes começaram a causar polêmica entre médicos esclarecidos, pois comprimiam órgãos internos, causando entrelaçamento de costelas e até a morte.
Somente no século XVIII é que as mulheres começam a respirar, literalmente, um pouco mais aliviadas. É que as hastes de madeira e metal foram substituídas pelas barbatanas de baleia. Os decotes aumentaram e os corseletes passaram a ser confeccionados para comprimir a base do busto, deixando os seios em evidência. Também foi nesta época que os corseletes ganharam sofisticação. Eram bem trabalhados com bordados, laços e tecidos adamascados. E, a partir de 1770, junto com as idéias iluministas que culminaram com a Revolução francesa, houve uma espécie de cruzada anti-espartilho. Médicos, escritores, filósofos militavam contra os corseletes.
No século XIX, as crinolinas (anáguas confeccionadas com tecidos rígidos, feitos de crina, para armar as saias), praticamente desapareceram. Mas o corselete permaneceu na moda. Em 1832, o suíço Jean Werly abriu a primeira fábrica de espartilhos sem costuras. E, em 1840, foi lançado um modelo com um sistema de de cordões elásticos. Isso permitia que a mulher pudesse, ela mesma, vestir e tirar a peça sozinha. Além do corselete, as roupas íntimas eram compostas por calças que chegavam até os joelhos, cheias de babadinhos.
A partir de 1900, o espartilho começou a se tornar mais flexível. Os balés russos de Serge de Diaghliev faziam muito sucesso em Paris. E seus trajes neo-orientais inspiraram costureiros como Paul-Poiret e Madeleine Vionnet que inventaram roupas que formavam uma silhueta mais natural. Em 1904, a palavra soutien-gorge (sutiã) entrou no dicionário francês. E em 1913, Mary Phelps Jacob inventou o sutiã, vendendo a patente para a Warner Company. No ano seguinte, 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, a mulher teve de trabalhar nas fábricas. Isso fez com ela precisasse de uma nova lingerie que lhe permitisse movimentação. Por isso, o espartilho foi substituído pela cinta.
Nos anos 20, as roupas íntimas eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, calcinhas, combinações e espartilhos mais flexíveis. E a lingerie passou a ter outras cores, além do tradicional branco.
Em 1930, a Dunlop Company inventou um fio elástico muito fino, o látex. A roupa de baixo passou a ser fabricada em modelagens que respeitavam ainda mais a diversidade dos corpos femininos. E ,a partir de 1938, a Du Pont de Nemours anunciou a descoberta do náilon. E as lingeries coloridas, finalmente, tornam-se bem populares. Mas em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o náiloon saiu do setor de lingerie e foi para as fábricas de pára-quedas.
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o New Look do costureiro Dior, lançado em 1947, propunha a volta da elegância e dos volumes perdidos durante o período da guerra. Para acompanhar a nova silhueta proposta pelo costureiro, a lingerie precisava deixar o busto bem delineado e a cintura marcadíssima. Surgiram os sutiãs que deixavam os seios empinados e as cintas que escondiam a barriga e modelavam a cinturinha.
No final dos anos 50 e início dos 60, os fabricantes começaram a se interessar pelas consumidoras mais jovens. A Lycra foi lançada com sucesso, pois permitia os movimentos. A lingerie passou a ter diversos tipos de modelagens, embora, na maioria, ainda mantivesse os sutiãs estruturados.
No final dos anos 70 e início dos 80, a inspiração romântica tomou conta da moda. Cinta-liga, meias 7/8 e corseletes, sem a antiga modelagem claustofóbica, voltaram à moda. Rendas, laços e tecidos delicados enfeitavam calcinhas e sutiãs.
Dos anos 90 até os dias de hoje, a ligerie, assim como a moda, não segue apenas um único estilo. Modelagens retrô, como os caleçons, convivem com as calcinhas estilo cueca. Os sutiãs desestruturados dividem as mesmas prateleiras com os modelos de bojo. Tecidos naturais, como o algodão, são vendidos nas mesmas lojas de departamento que os modelos com tecidos tecnológicos.
Fonte: manequim.abril.com.br
Como conservar sua Lingerie
Não vista lingerie com o corpo úmido. Não coloque na máquina
As lingeries costumam amarelar depois de várias lavagens.
Para resolver esse problema, coloque-as em uma mistura de água com bicarbonato de sódio, antes de lavar.
Lavar à mão uma calcinha ou sutiã não custa nada e vale a pena !
Use sabão neutro, água fria e enxague muito bem, elas durarão muito mais.
Não torça nunca
Seque na sombra
Tire apenas um pouco do excesso da água.
Se tiver pressa, enrole a peça numa toalha e aperte bem para apressar a secagem..
O calor do sol pode tirar a luminosidade própria dos tecidos. Secar pendurada e à sombra.
As rendas de lycra das lingerie, deformam se forem secas em secadora.
Não passe a ferro Meias de nailon
Os tecidos das lingeries de boa qualidade dispensam o ferro elétrico.
Nada melhor para conservar meias de nailon do que lavá-las com uma mistura de água e vinagre, em partes iguais.
Na hora de guardar
Coloque sachês cheirosos ou sabonetes na sua gaveta / armário de lingerie.
Pode colocar também paninho de algodão embebidos no seu perfume preferido.
Meias-Calças
Recomenda-se lavar as meias-calças à mão, em água morna e sabão neutro, enxaguar e enrolar em uma toalha, deixando secar em temperatura ambiente.
E não usar, na lavagem, produtos à base de cloro ou amaciante, que danificam a composição dos fios (sintéticos).
Meias de Seda Meias de nylon
Para sua maior duração, enxágüe as meias de seda em água com um pouquinho de sal.
As meias de nylon ou de helanca não são lavadas em água quente e nem torcidas; tira-se o excesso de água, enrolando-as numa toalhinha felpuda; depois, deixar secar em lugar fresco, porém nunca ao sol.
Passe em água todas as vezes que forem usadas.
Para maior resistência das meias de nylon, antes de serem usadas, molhe-as e coloque-as num saquinho plástico, levando ao congelador por algumas horas, ou uma noite.
Retire-as então, deixe descongelar e pendure para secar à sombra.
Também se conservarão quando lavadas numa mistura de água e vinagre. Espremer nem torcer, apenas pressionando-as com uma toalha felpuda.
Meias-Calças
Você sabia que meias-calças duram mais se forem congeladas?
Faça assim: molhe-as, aperte ligeiramente, coloque em saco plástico e depois no congelador.
Deixe descongelar naturalmente e pendure para secar.
Rendas
Como lavar
Não lave os produtos com aplicações de Renda 100% algodão na máquina de lavar, do contrário a vida útil dos mesmos será reduzida.
Tanto as Rendas nas cores branca e cru como nas coloridas devem ser lavadas com sabão neutro e nunca com sabão em pó, principalmente aqueles que possuem componentes químicos para tirar manchas ou alvejar (deixar o mais branco possível).
Para secar, aconselhamos a temperatura ambiente, evitando o máximo o uso da máquina de secar.
Se quiser passar o produto com Renda, sugerimos o ferro a vapor, pois a Renda ficará mais encorpada dando um aspecto de engomada.
Como Engomar
Prepare um mingau com 2 litros de água e 2 colheres polvilho doce.
Mergulhe as peças nesse mingau e deixe escorrer no varal.
Passe o ferro quente com o tecido ainda úmido.
Como Tingir
O tingimento da Renda 100% algodão obedece as mesmas regras utilizadas no tingimento de fibras celulósicas.
Ensaboar a Renda para retirar algum resíduo deixado pelas máquinas quando de sua fabricação ou ainda a goma que é colocada antes de ser passada.
O recipiente e a quantidade de água deve ser suficiente para que a Renda não fique apertada, o que provoca manchas no tingimento.
Todo o tingimento deve levar de 20 a 30 minutos sob fervura (mantendo o fogo ligado), para que o corante tenha tempo e temperatura para se alojar na fibra da Renda.
A dissolução do corante deve ser bem feita, se ficar algum grão sem dissolver poderá aparecer manchas.
As Rendas brancas receberão tingimento mais intenso porque a base é branca (para melhor obter tons pastéis, tinja a Renda branca).
As Rendas cru possuem um tom que se aproxima do bege, podendo provocar alteração na cor final do tingimento.
Após o processo de tingimento , a Renda deve ser enxaguada em água corrente abundante.
Depois do enxagüe coloque a Renda no banho com o fixador.
Enxaguar ligeiramente e secar a sombra.
Fonte: www.fazfacil.com.br
Patrocínio:
Lindellis Lingerie
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